Biografia

Egresso da propaganda e da televisão, o cineasta inglês ganhou fama entre os críticos como um estilista visual sem dotes para a dramaturgia. Lançou-se na direção com "Os Duelistas", um filme pequeno que chamou a atenção exatamente por sua exuberância visual. Esse trabalho abriu as portas de Hollywood para o diretor, que emplacou um sucesso sem limites com a ficção científica "Alien: O Oitavo Passageiro". Manteve-se no mesmo gênero, assinando a seguir "Blade Runner - O Caçador de Andróides", transformado em cult absoluto dos anos 1980. Scott reclamou durante anos dos produtores, que teriam feito mudanças no corte final, alterando o conceito estabelecido para o filme. Em 1993, o cineasta teve a oportunidade de lançar comercialmente sua própria versão, com o conceito original, mas obteve críticas nada redentoras.

A partir de "A Lenda", uma fábula infantil sem muito sabor e quase nenhuma fantasia, Scott amargou uma fase ruim. O suspense "Perigo na Noite" não teve o impacto esperado. Nem o elaborado "Chuva Negra", policial estrelado por Michael Douglas e Andy Garcia ambientado no Japão. A crítica e o público voltaram a adulá-lo depois de "Thelma e Louise", manifesto feminista vestido de road movie estrelado por Susan Sarandon e Geena Davis. O filme lhe valeu a primeira indicação para o Oscar de melhor direção.

Novamente, outro período ruim em que os projetos grandiosos se revezaram e os grandes fracassos também. Primeiro, foi "1492: A Conquista do Paraíso", estrelado por Gérard Depardieu, sobre a descoberta da América por Cristóvão Colombo. Depois uma sequencia de fracassos: "Até o Limite da Honra" e "Tormenta".

A redenção veio com o discutível "Gladiador", a primeira do que viria a ser uma série de colaborações com o ator Russell Crowe - aqui no papel de um general romano que cai em desgraça e passa a ser perseguido. Scott foi indicado ao Oscar de Melhor Diretor em 2001 pelo filme, mas perdeu para Steven Soderbergh, que estava indicado na mesma categoria por dois filmes, "Traffic" e "Erin Brockovich - Uma Mulher de Talento".

Scott estreou o terceiro milênio com "Hannibal", sequência de "O Silêncio dos Inocentes", dirigido por Jonathan Demme. O filme dividiu a crítica, mas teve grande sucesso de público, faturando mais de US$ 160 milhões nas bilheterias dos EUA.

Scott dirigiu e produziu "Falcão Negro em Perigo", elogiado filme de guerra que centra-se em acontecimento pouco explorado no cinema, sobre ataque norte-americano à Somália. O filme recebeu quatro indicação ao Oscar, sendo uma para Scott. A boa fase do diretor com certeza está em alta.